segunda-feira, 2 de julho de 2012

AO - Hunted, The Demon’s Forge [PC]

Artigo de Opinião por Laureano Junior

Destruição a fole, piadinhas infames, falta de fôlego e pouca roupa. Hunted, The Demon’s Forge oferece tudo o que um casual player quer: diversão rasa e initerrupta com belos gráficos, lutas sufocantes e bom humor. 


Confesso que minha primeira impressão de Hunted foi de jogo casual besta daqueles que são feitos de qualquer jeito, com poucas horas de duração que não tem graça nenhuma. Mas quando eu joguei, mudei de opinião. Na verdade, Hunted é um jogo casual besta, daqueles que são feitos de qualquer jeito, com poucas horas de duração que tem MUITA graça. Pr’aquele player que não precisa nada mais que matar monstros com violência brutal pra se divertir, esse jogo é perfeito! E nesse caso, o jogo cumpre (perfeitamente) bem o seu papel.

Você controla (não simultaneamente) dois carismáticos mercenários que buscam trabalhos sujos em troca de riquezas. E’lara, uma elfa arqueira viciada em adrenalina que tem um justificado medo de altura e veste uma roupa, como ela mesma diz “estrategicamente projetada”, e Caddoc, um tanker estrategista que tem um sério problema com insetos e uma paciência de monge para aguentar sua companheira. Ele, há dias, sofre de pesadelos aparentemente premonitórios com a destruição de reinos, dragões, demônios e uma mulher pálida de pouca roupa (só existem duas mulheres no jogo e ambas tem pouca roupa e belos seios [quase] a mostra... Jogo sexista, talvez? Bom, eu não achei ruim...) que promete riquezas e luxo sem fim. No meio do caminho para um lugar qualquer, os mercenários esbarram com Seraphine, a voluptuosa mulher dos pesadelos de Caddoc, que sai de um portal e os recrutam para uma grande aventura do barulho onde farão coisas que até deus duvida.

Tirando as ironias de lado, a jornada dos dois é realmente épica, e quando eu uso a palavra “épica”, eu sei o que estou dizendo. Monstros guerreiros, arqueiros, minotauros, demônios, dragões, bruxas e tudo o que se espera de um jogo medieval baseado na cultura da arte fantástica. Os cenários são lindamente modelados e utilizam muito bem o motor gráfico Unreal do qual foi produzido. As habilidades e poderes que são destravados são muito simples e não há uma gama muito grande de possibilidades, mas por outro lado isso significa que você vai se perder num mar de escolhas e se frustrar na batalha por não ter conseguido exatamente o que esperava. A versão para PC ficou muito bem convertida e não deixou nada a desejar (como Dungeon Siege III). Outro ponto muito positivo do jogo é, desde sua gênese, ser construído para dois players. Cada jogador controla um mercenário, dando suporte ao seu companheiro caso ele caia em batalha, e fortalecendo-o com habilidades mágicas de buff que aumentam a velocidade de ataque, a resistência entre outras coisas importantes no campo de batalha.

O jogo dispõe de vários extras destraváveis, desde histórias do universo de Hunted, até artigos utilizáveis do Crucible, ferramenta de edição de mapas que vem integrado ao jogo, para você montar arenas de combate da forma que você quiser, com os itens, monstros, penalidades e facilidades que você escolhe, para jogar só ou com um companheiro.

A grande sacada do jogo e o que o torna realmente divertido no fim das contas é a relação entre Caddoc e E’lara, companheiros há anos e muito íntimos, que frequentemente trocam farpas e ironias, o que é bastante engraçado, como quando o próprio Caddoc critica a pouca roupa de E’lara e ela solta a pérola do “estrategicamente projetada”.


O jogo é altamente indicado para players que curtem mais aquela matança desenfreada, sem se importar muito com uma história complexa ou puzzles que demandam muito raciocínio, e para aqueles que querem passar divertidas horas com um amigo do lado, dando boas risadas enquanto esguichos de sangue se espalham pela tela.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário